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Por que Deus permite que o mal ocorra na Terra? Deus é um espectador inocente? Este livreto explora a diferença entre a vontade e o plano de Deus e entre a soberania de Deus e a autoridade do homem. Leia gratuitamente abaixo
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Não existe nenhum lugar nas Escrituras que diz que o mal é uma criação do homem ou do diabo. Embora seja verdade que os homens FAZEM o mal, e que o mal certamente existe no mundo, Deus sempre toma o crédito por ele no sentido final.
Todo o mal é o resultado do pecado de Adão. O mal é, sobretudo, o julgamento divino pelo pecado. O mal é o resultado do pecado. Portanto, ele não é uma CAUSA, e sim um derivado. Por exemplo, Deus disse a Adão e Eva que no dia em que eles comessem da árvore do conhecimento do bem e do mal, eles certamente morreriam. A morte é má, e é a consequência do pecado, o efeito de uma causa prévia.
Todo o mal deriva deste único ato: o "pecado original", e é meramente uma extensão daquele primeiro grande mal chamado "morte". Quem questionaria que a morte é a consequência do pecado pela ação da justiça de Deus? Por isso, no notável capítulo que estabelece a soberania de Deus, Ele nos diz em Isaías 45:7, “Eu formo a luz e crio as trevas; faço a paz e CRIO O MAL; eu, o Senhor, faço todas estas coisas".
Não só a morte, mas também as calamidades e a pestilência são males que Deus pode trazer sobre uma nação por seu pecado. Todo julgamento pelo pecado é "mal" do ponto de vista daqueles que são afetados por ele até verem que tais julgamentos foram enviados por um Deus justo para julgar o pecado.
Isso não quer dizer que Deus PEQUE. A maioria das pessoas refuta que Deus crie o mal com o argumento de que isso faz de Deus um pecador, mas essa visão é tomada somente quando se desconhece a diferença entre mal e pecado. Deus cria o mal, mas Deus não peca.
A palavra hebraica para "pecado" é khawtaw, que significa "errar" ou "errar em acertar o alvo (objetivo)". A definição de pecado é esclarecida tanto no Antigo como no Novo Testamento. Primeiro, em Juízes 20:16 lemos,
16 Entre todo este povo havia 700 homens escolhidos, canhotos; e cada um deles era capaz de atirar com a funda uma pedra em um cabelo e não ERRAVAM [khawtaw].
Aqui o significado da palavra é claro: tem a ver com não errar um alvo. Quando o alvo, objetivo ou padrão é a lei de Deus, então errar (o alvo) tem implicações morais. Nós chamamos isso de "pecado". Nesse sentido, Paulo nos diz em Romanos 3:23, "Porque todos pecaram e carecem da glória de Deus". Em outras palavras, a glória de Deus é a meta – o alvo – e todos os homens, ao atirarem para esse alvo, viram suas "flechas" ficarem aquém desse alvo. Todos erraram o alvo.
Deus cria o mal, mas Deus nunca falha em alcançar Seus objetivos. Ele nunca erra o alvo. Se Deus alguma vez falhar em alcançar Seu objetivo, Ele se tornaria um "pecador". Portanto, se entendermos o plano divino, que é o Seu objetivo, e o virmos, não como um desejo, mas como o alvo divino de toda a história, então conheceremos o fim desde o início porque Deus não falhará em alcançar esse objetivo.
Há muitos que pensam que Deus passa a maior parte de Seu tempo sonhando com o que teria ou poderia ter acontecido se por acaso Adão não tivesse pecado. Tal mentalidade Lhe produziria muitos arrependimentos, gerados pelo desespero de um grande Fracasso divino. O pecado de Adão estava fora do plano divino total? Deus foi pego de surpresa? Se sim, então Deus é um fracasso e, assim, um pecador segundo a definição bíblica.
Mas, não! De modo algum! Deus não foi surpreendido nem prejudicado pelo pecado de Adão. O plano divino será bem-sucedido no final. Nem a humanidade nem o diabo podem deter a menor parte do plano de Deus para Sua criação.
O mal só é pecado se ele erra o alvo. A humanidade recebeu um alvo a ser atingido, um objetivo a ser alcançado, um padrão perfeito. Esse padrão está estabelecido nas Escrituras em geral, e na lei em particular. A lei é a expressão do lado moral e judicial do caráter de Deus. É pecado quando os homens fazem o mal uns aos outros, pois falham em alcançar a perfeição da glória de Deus. Entretanto, quando Deus faz o mal, esse é de acordo com Sua perfeita sabedoria; tem propósito, e Sua flecha tem um tiro certeiro. Embora nem sempre compreendamos o que Ele está fazendo – porque não vemos o fim desde o início – devemos ter fé de que Ele é um bom Deus que operará todas as coisas conjuntamente para o bem (Romanos 8:28).
Jó é apresentado nas Escrituras como um exemplo primário pelo qual podemos entender o conceito de mal. Primeiro lugar, somos informados que "Satanás" precisava da permissão de Deus para afligir Jó com "o mal". Veja Jó 1:12 e 2:6.
Por que Deus permitiu isso? O livro de Jó deixa claro que Deus tinha um propósito maior, não apenas de testar Jó, mas para, no final, levar Jó a um nível maior de entendimento. Jó já sabia sobre a fonte do mal mais do que um cristão comum, pois disse em Jó 2:10,
10 Mas ele lhe respondeu: Falas como qualquer doida; temos recebido o bem de Deus e não receberíamos também o mal (adversidade -NASB)? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios. (ARA)
Devemos realmente aceitar o bem de Deus e não aceitar a adversidade? Em todo isso Jó não pecou com seus lábios.
A palavra traduzida "adversidade" (NASB) é a palavra hebraica ra'a, que significa "mal" e é assim traduzida na bíblia King James. Ela carrega a ideia de calamidade e qualquer coisa que os homens chamam de "mal".
Os amigos de Jó tentaram lhe dizer que ele certamente guardava algum pecado secreto em sua vida. Isso explicaria porque Deus estava julgando-o (ou permitindo que Satanás o julgasse). Porém, ao agirem assim, pecaram com seus lábios, e no final Jó precisou orar por eles (42:10).
No desfecho da história (Jó 42:11-12), a família de Jó "o consolou por todo o mal que o Senhor lhe havia causado ... Assim, o Senhor abençoou os últimos dias de Jó mais do que seu início."
Em outras palavras, quando o Senhor nos faz o mal ou permite que o mal nos suceda, é com o propósito final de nos abençoar. Esse é o fundamento da declaração de Paulo em Romanos 8:28,
28 E sabemos que Deus faz com que todas as coisas operem juntas para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados de acordo com Seu propósito.
Talvez não seja coincidência que Deus tenha agido anonimamente para fazer que identificassem esse versículo como "8:28". O número 828 é o resultado de 2 x 144, o qual é um fator do “Tempo de Maldição”, e ilustra que até mesmo as chamadas “maldições” de Deus são bênçãos em realidade.
Há muitas outras Escrituras que possuem referências diretas de Deus fazendo o "mal" sem pecar. Amós 3:6 diz: "Sucederá algum mal [ra-a] à cidade, sem que o Senhor o tenha feito.”. Deus sempre assume o crédito por trazer julgamento sobre uma cidade ou uma nação – incluindo Israel – a fim de que sejam conhecidos a Fonte e o propósito de seu julgamento, o qual chamam de "mal".
O julgamento divino nunca é uma coincidência, como os historiadores podem pensar. Embora Deus faço uso de "causas naturais", Ele sempre está por trás da história como a Primeira Causa de todas as coisas. Essa é a história apresentada nas Escrituras: tanto se Deus estava endurecendo o coração do Faraó (Êxodo 10:1) ou colocando anzóis em queixos (Ezequiel 29:4) para assegurar que Sua vontade seria feita.
Somos chamados a conhecer o Deus da Bíblia para que comecemos a compreendê-Lo, e assim, saber como Ele pensa através do Espírito. Isso é muitas vezes difícil, especialmente quando vemos o mal e coisas ruins acontecerem em nossa vida continuamente. Nossa perspectiva é simplesmente muito limitada, muito pessoal, muito míope, e por isso, felizmente nós não somos Deus.
Finalmente, devemos chegar à mesma conclusão que José depois de ter sido vendido como escravo por seus próprios irmãos, e depois de ser preso por anos devido a falsas acusações. Em Gênesis 50:19, 20, José disse,
19 Respondeu-lhes José: Não temais; acaso, estou eu em lugar de Deus? 20 Vós [irmãos] na verdade, intentastes o mal contra mim; porém Deus o tornou em bem, para fazer, como vedes agora, que se conserve muita gente em vida.
Essa atitude é a principal marca de maturidade espiritual nas Escrituras. Toda a amargura e ira de sua juventude se haviam dissipado uma vez que viu o propósito maior de Deus em todo o "mal" que lhe fizeram. Ele havia deixado de pensar no bem e no mal de forma dualista. Agora, ele via tanto o bem quanto o mal com uma mente singular procedente de Deus e tendo um bom propósito final.